POR ONDE ANDA O ALMIR, UM DOS MELHORES PONTAS DIREITAS DO SANTOS FUTEBOL CLUBE

MATÉRIA DE 10/04/2007 - 09h01
Ponta Almir, ex-Santos, gerencia herdeiro na Vila
Bruno Thadeu, especial para o Pelé.Net

"O PRIMEIRO ANIMAL DO FUTEBOL, ANTES DE EDMUNDO"
AL,AL,AL O ALMIR É ANIMAL

Almir e o filho Bruno (e), que quer seguir a carreira do pai e jogar na Vila Belmiro

SANTOS - Um dos maiores ídolos do Santos nos anos 90, década escassa de títulos do clube, o ex-ponta-direita Almir de Souza Fraga, 38, se aposentou dos gramados no ano passado, mas não ficou muito tempo longe do futebol: iniciou carreira como empresário de atletas e aposta na ascensão de seu primeiro cliente, o jovem Bruno Fraga, 17, seu filho e jogador da base santista.

Verdadeiro "cigano" da bola, Almir surgiu no Grêmio no final dos anos 80, alçado ao profissional pelo então técnico do time gaúcho, Luiz Felipe Scolari. Ex-atleta também do São Paulo, Palmeiras, Almir atuou em 18 clubes durante quase 10 anos como profissional.

AL, AL, AL, O ALMIR É ANIMAL

A alta rotatividade e as inúmeras experiências vivenciadas ao longo da carreira serviram como estágio para Almir no desenvolvimento de sua nova profissão. Como primeira medida para a investida no ramo empresarial, o ex-ponta-direita pretende deixar Porto Alegre, sua cidade natal, para fixar moradia no Sudeste, principal mercado da bola.

"Estou dando meus primeiros passos como agente de futebol e já tenho contatos avançados. A idéia é voltar para Santos ou mesmo morar em São Paulo para ficar mais próximo dos atletas", informou Almir ao Pelé.Net.

Na figura de Almir empresário de Bruno, o ex-jogador traça semelhanças no estilo de jogo do filho com o praticado por ele na década passada e sonha em ver o pupilo na equipe profissional do Santos.

"Na condição de pai fica difícil falar das qualidades do Bruno. Mas trata-se de um garoto muito talentoso, maduro, que atua pela direita e que dribla facilmente. O drible também era uma das minhas especialidades e o Bruno carrega essa virtude. Ele está sendo avaliado no sub-17 do Santos e está indo muito bem. Espero que ele possa seguir carreira aqui no Santos", ambiciona o pai e agente de Bruno.

Figura onipresente nas "equipes dos sonhos" do Santos da década de 90, Almir avalia que o Santos tem um espaço cativo guardado em sua memória, pois foi o clube que o levou à seleção brasileira. Apesar de ter atuado em um período de grave crise financeira do Santos, piorado pelo jejum de títulos, o ex-jogador entende que a fase negra do clube contribuiu para enraizar seu nome na história da agremiação.

"Ser ídolo em uma fase cheia de títulos é bom e mais fácil, mas ser reconhecido pelos torcedores em um período difícil do clube torna-se ainda mais interessante, porque todo aquele esforço em melhorar o time foi recompensado. O Santos da minha época tinha sérios problemas financeiros, estava sem ganhar título e o gramado da Vila era péssimo. E mesmo assim sou lembrado. Hoje seria muito mais fácil trabalhar aqui", acredita.

"As pessoas ainda me ligam ao Santos, apesar de eu já de ter atuado em grandes clubes, como o Grêmio, São Paulo e Palmeiras", acrescentou Almir.

O primeiro "Animal"

Edmundo carrega o apelido de Animal, alcunha dada pelo ex-narrador esportivo Osmar Santos ao melhor jogador de cada partida, nos anos 90. Entretanto, Almir se orgulha de ter sido o primeiro atleta a receber o prêmio de "animal" em campo.

"O Osmar Santos me elegeu em alguns jogos como o 'animal' da partida. Fui o primeiro. Depois foi a vez do Edmundo, que, com toda justiça, acabou ficando com o apelido. Recentemente, um senhor me parou e me chamou de animal. Não deixa de ser gratificante", conta Almir.

Apontado como promessa do Grêmio, o atleta, porém, saiu de maneira traumática do Olímpico. Almir não guarda mágoas do tricolor gaúcho. Anos mais tarde, ele defendeu o arqui-rival Internacional, ao lado de Dunga.

"O meia Valdo dizia que eu seria o seu substituto no Grêmio. A torcida apostava em mim, mas o Grêmio me emprestou ao Santos, em 1990. Quando retornei, recebi a informação de que já estava negociado com o Santos, sem que me consultasse. Coisas da Lei do Passe", lamenta.

Já no Palmeiras, em 1998, Almir se reencontrou com Felipão, que o promoveu no Grêmio. A união no Parque Antarctica foi selada com dois títulos, a Copa do Brasil e Copa Mercosul. "Foi ele quem me chamou para o Palmeiras. Foi excelente esse período. O Felipão é um paizão. Não deixava um reserva se abater e sabia controlar um grupo. Ao contrário de muitos outros treinadores, a equipe joga por ele. Sou muito grato ao Felipão", declara Almir.

Filho de Almir mira Robinho

Almir foi o dono absoluto da camisa 7 do Santos de 1990 a 1993. Porém, Bruno Fraga, 17, se espelha em outro atleta que envergou a camisa de mesmo número do clube paulista: Robinho.
"O problema é que eu não acompanhei os jogos do meu pai pelo Santos. Eu era muito novo. Somente por videoteipes. Por outro lado, eu ficava fascinado com as pedaladas do Robinho. Eu costumo observar bastante a maneira como ele e o Cristiano Ronaldo atuam para ajudar na minha evolução no futebol", justifica o jovem, que ingressou nas categorias amadoras do Santos no começo do ano.

GRANDES ÍDOLOS DO SANTOS

Atendendo à pedidos do amigo Romulo Maradei que sugeriu um post falando de alguns jogadores que passaram pelo Glorioso e que foram ídolos, vamos postar sobre Almir, e amanhã o artilheiro Guga, e por ai vai, já que gostamos da sugestão. Espero que gostem!Almir de Souza Fraga (Porto Alegre, 26 de março de 1969) No Santos (1990-1994) 175 Jogos 31 gols.Jogava como um ponta-direita à moda antiga: rápido, habilidoso, eficiente e objetivo. Dos seus pés saíam grandes jogadas que levantavam a todos no estádio.

Equipe do Santos na década de 1990

Equipe do Santos na década de 1990 de Guga camisa 9 e Almir o camisa 7

Almir o atacante infernal do Santos F.C. anos 90

Almir o camisa 7 , ponta direita infernal do Santos F.C.
(O ANIMAL DA TORCIDA DO SANTOS) década de 90

ELENCO DO BRASILEIRÃO 1993 DO SANTOS F.C.
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